O mal existe? Ou o mal é a ausência do bem, da mesma forma que a
escuridão é a ausência de luz? Se sim, isso implica necessariamente que o
mal não exista? Ou implica que o mal exista o tempo todo, ou seja,
quando a luz/o bem está presente, a escuridão/o mal ainda está lá? Seus
antônimos apenas lhes anularam as influências. O vazio de um copo deixa
de existir quando ele está preenchido? Ou o vazio continua ali, só que
preenchido? Mas o copo vazio não é puramente o copo? Não é o natural? A
verdade em si? Significa analogamente que o mal/escuridão é o natural? É
a verdade? Significa portanto que devemos impedir o preenchimento por
ele ser antinatural? O copo preenchido não poderia ser útil a quem
tivesse sede? A luz não poderia ser útil a quem necessitasse orientação?
O bem é necessário portanto? E se não houvesse quem tem sede? E se não
houvesse quem é desorientado? Nesse caso não haveria copo, não haveria
luz. Mas de que serviria a existência do copo vazio se o seu objetivo
não fosse ser preenchido? Ele não foi criado vazio para que pudesse ser
preenchido? De que serviria a existência da luz se o seu objetivo não
fosse orientar? Fomos criados maus para que pudéssemos ser bons? O mal
existe para que haja o bem? Acredito que sim. O natural portanto é
buscar livrar-nos do vazio e nos preenchermos, uma ação em prol do
próximo. Amor.
Calma aí, estou me comparando a um copo?
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