quarta-feira, 9 de julho de 2014

Conceitos jungianos para o entendimento do amor libidinoso de Deus

Jung afirma a libido como uma energia de vida criativa, que possibilita a compreensão da motivação do homem, e pode ser investida em diferentes direções, assumindo grande variabilidade de formas. A libido corresponde ao conceito de energia da Física, que pode ser entendida em termos de calor, eletricidade, magnetismo etc. As direções da libido são a extroversão e a introversão; a primeira se refere à libido projetada no mundo exterior, nas outras pessoas e objetos, e a segunda se refere à libido projetada para dentro do reino do inconsciente, das ideias, das imagens.
Uma pessoa é extrovertida ou introvertida a depender da sua tendência de projeção da própria libido.

Esses conceitos jungianos interessantíssimos, me fizeram pensar sobre o poder de vida criativa da libido. Eu entendo o sexo como a mobilização de uma energia criativa e, após o sexo, ambas as pessoas saem fecundadas. A fecundação por essa energia criativa gera motivação, novas ideias, evolução e crescimento. Portanto, o sexo não se trata somente do ato carnal, pois uma conversa edificante comporta-se como também sendo um ato sexual! E o ato sexual carnal feito com amor tem esse poder de mobilização da energia criativa. Feito sem amor, é desperdício dessa energia, o que causa um desequilíbrio e o self então age para tentar reequilibrar nossa energia, mas se sexo sem amor é feito de maneira muito frequente, o self não consegue corrigir esse desequilíbrio, o que leva a quadros patológicos. Pensando assim, me faz pensar que Deus fez nada além de mobilizar sua libido para dar gênese a toda sua criação! Nós somos a consequência do amor de Deus e do poder imenso de sua energia criadora! 

A libido é energia, não qualquer uma ou um tipo delas, mas todas, incluindo a energia do pensamento. Mobilizando nossa libido, nossa energia, nosso pensamento, podemos criar! Daí a ideia da 'lei da atração', das criações mentais, frequentes no plano espiritual, citadas em livros espíritas, a ideia do 'somos aquilo que pensamos', da influência do nosso pensamento na nossa saúde etc. Essa nossa capacidade de criar me faz lembrar do que Moisés disse "O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus" e do que Jesus disse "Vós sois deuses", porque, de fato, somos deuses criadores, tal qual Ele é. A diferença é que todas as criações divinas são feitas com amor.

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