quinta-feira, 10 de julho de 2014

Natureza desperta

O céu surgia enrubescido no despertar da manhã e o sol ainda brincava por trás das montanhas no horizonte com acanhamento. A leve brisa que desfolhava as árvores acariciava a face aveludada da menina faceira que espiava o desabrochar da cena e o nascer de um novo dia.
A menina completava o cenário como parte dele. Era linda tão linda como qualquer descrição seria insuficiente na perfeição.
Seus grandes olhos negros, escuros como as trevas das profundezas do mar, protegidos pelos seus volumosos cílios, vieram a se fixar num ponto mais adiante no gramado, onde reuniam-se como conversadeiras belas flores brancas. Tinham, como que a lhes servir, borboletas amarelas e laranjas que iam e voltavam entre vaporosos beijos, disseminando aquele aroma inerente às coisas mais belas de Deus.
A cena lhe prendeu a atenção por vários minutos, devido àquela singela beleza.
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Achei esse texto revirando cadernos antigos no meu armário. Foi escrito dia 11 de maio de 2011, na aula de literatura, no 2º ano. Lembro que, à época, estava lendo Eragon, e esse livro é rico de descrições. O autor, Cristopher Paolini, faz as descrições antes de começar a narrativa, separando-os. Aí acho que, inspirado no livro, escrevi essa descrição acima.
Eu mudei algumas coisas, agora, do texto original. A menina tinha meros olhos azuis, mas hoje acho muito mais belas a intensidade e a profundidade dos olhos 100% pretos. As borboletas davam bicadas - acho que é mais poético "vaporosos beijos".

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